sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Clonagem na Agricultura

Na agricultura, a clonagem é uma técnica já muito utilizada. As plantas podem ser propagadas de duas formas: assexuada e sexuada. Sexuada (forma tradicional, via semente). Assexuada, (via clonagem), tradicionalmente isso é feito por estacas, corta-se uma planta, abate o caule dela em várias partes e torna a cultivar. Cada uma dessas novas plantas é uma cópia idêntica à original. A vantagem dessa tecnologia é que se obtém igualdade ou seja as plantas possuem todas a mesma cor, o mesmo sabor e apresentam o mesmo período de maturação.
Ramos mostra laboratório onde clones de plantas são desenvolvidos
O sítio onde será cultivada a planta também pode interferir, mas se as plantas tiverem a mesma constituição genética, o controle é maior. Isso é muito importante para culturas de plantas (principalmente com fins comerciais), porque ajuda o cultivo e a colheita, e porque daí se obtém produtos de mesma qualidade.
O objectivo essencial da aplicação da clonagem na agricultura é atingir a uniformidade, mas com a selecção genética é possível conseguir também multiplicar plantas que já foram alteradas, que são mais resistentes a pragas ou doenças, ou que fornecem frutos melhores.
Podemos considerar que existem dois tipos de plantas: de polinização cruzada e de auto-fecundação. As que precisam de macho e fêmea para dar frutos (o resultado disto é que sempre há plantas híbridas) e as que, se ficarem sozinhas, sem nenhuma intervenção do Homem, produzem sementes, como o tomate, o arroz e o feijão.










No caso do tomate, a parte masculina produz grãos de pólen que são expelidos, com pequenos movimentos, e atingem a parte feminina da flor, onde fica o ovário. Então ocorre a fertilização e o fruto cresce. Esse é o processo de fecundação, a própria flor contém a parte feminina e masculina.





Por outro lado, há plantas que têm problemas de incompatibilidade e nesses casos é necessário provocar a fertilização. Como no caso do café Robusta: o pólen não consegue fertilizar as plantas e estas precisam ser cruzadas, perdendo-se a padronização. Em consequência disso, faz-se a clonagem dessas plantas, para se obter a uniformidade.

No caso do café Robusta, escolhem-se duas plantas mais resistentes às condições ambientais e faz-se estacas dessas plantas, que se cruzam e produzem as sementes. Obtém-se, desta forma, maior semelhança do que se as plantas fossem deixadas para se fecundar naturalmente.

A clonagem tem sido usada tradicional também na produção de laranja, de uva, de morango, de figo, de goiaba, pêssego, manga, abacate e outras árvores frutíferas.

Desde que virou cultura em larga escala comercial, a laranja é fabricada por clonagem. Na agricultura, também se usam técnicas de propagação associadas. No caso da laranja, usa-se a enxertia, que consiste na retirada de uma gema, introduzida no caule de uma planta adulta e com maior resistência às condições do solo. Assim consegue-se a produção mais rápida e idêntica de frutos. Se produzida via semente, a laranjeira leva aproximadamente seis anos para começar a dar frutos e é mais susceptível a doenças vindas do solo do que o limão. A enxertia é feita com plantas da mesma espécie. Com isso garante-se frutos de melhor qualidade. No caso da manga, por exemplo, para produção de frutos de qualidade superior, usa-se como base a espécie coquinho que é mais resistente.

Existe também a chamada clonagem moderna, que surgiu na década de 70, via produção de células. Neste caso retira-se células de uma planta e transforma-se uma nova planta. Com essa técnica é possível produzir uma quantidade muito grande de plantas, limitada apenas pelo espaço físico do laboratório onde serão desenvolvidos os embriões.
No laboratório, as células são multiplicadas em meios de cultura. Coloca-se um pedaço da folha num meio de cultura, que forma um calo, a partir do qual se forma um embrião, que depois é transferido para uns sacos com terra.
Essa técnica é extremamente importante para produzir árvores como eucalipto ou outras plantas para reflorestamento.
Também existe uma técnica que gera o embrião sem passar pela fase de calo, através de modificação na indução de alguns genes ou seja induz-se a célula da planta a adoptar uma diferenciação. Você tem uma célula da folha, que deixa a ser de folha para ser uma célula embrionária. Este processo é induzido com reguladores de crescimento que são sintéticos.
O processo de clonagem em alguns casos, sobretudo via micro propagação (a partir de células), tem um custo mais elevado e sucede-se a resistência de alguns produtores para aderir a essas novas técnicas. Não apenas pelo custo, mas também porque eles ainda não têm a certeza de que obterão bons resultados. Há também a questão da tradição de plantio e em algumas situações, o aumento da produção não é tão desejável, havendo o risco de o preço do produto ficar tão baixo que inviabilizaria a actividade.
A clonagem em plantas é usada também para fazer o que é chamado de limpeza viral. A maioria das plantas, quando fica no campo, acumula doenças, transmitidas por microrganismos. Existe um procedimento que consegue restaurar a saúde da planta. Recupera-se uma parte muito pequena desta planta, algo em torno de 0,2 mm do ápice, que é colocada em vidros com meio de cultura para que ela cresça ali dentro e ela será então uma planta sadia. Pode-se usar esta técnica na produção de morango, laranja, banana, batata, entre outros.


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Clonagem Animal

A clonagem animal passou a ser mais falada a partir de 1997, quando os pesquisadores do Instituto Roslin, da Escócia, anunciaram a clonagem do primeiro mamífero, a partir de células mamárias de uma ovelha. O nascimento de Dolly, como foi chamada a ovelha, marcou o princípio de uma corrida pelo aperfeiçoamento da técnica que, em humanos cria expectativas que ainda não podem ser satisfeitas, e que esbarra em conceitos éticos e religiosos, em animais e plantas tem mostrado resultados positivos a uma velocidade alucinante.
A clonagem de animais tem aplicação para a conservação e de melhoramento genético. Com fins de conservação ela serve para implantar bancos genéticos que guardam material de diferentes espécies. Para melhoramento, porque é uma técnica que permite reproduzir de maneira mais ampla, filhos de animais de qualidade superior, como touros e vacas com maior capacidade reprodutiva ou vacas que produzam mais leite.
A clonagem animal pode servir ainda para produzir nos animais transgênicos, substâncias que auxiliem no tratamento de doenças nos humanos. Como por exemplo, em 1997, os pesquisadores do laboratório PPL Therapeutics, que financia as pesquisas do Instituo Roslin, produziram por clonagem uma ovelha, a Polly, para produzir a proteína sanguínea alpha-1-antripsina, usada no tratamento da fibrose cística, uma doença genética incurável que afecta uma em cada 1.600 crianças de origem caucasiana. Como matéria-prima, os biólogos usaram uma célula tirada de um embrião de uma ovelha. No núcleo desta, introduziram um gene humano. A seguir, usaram um óvulo de outra ovelha, afastaram o seu núcleo e o substituíram com o núcleo da célula geneticamente modificada. Criaram assim, uma célula clonada do feto original, que foi inserida no útero da mãe substituta.

Clonagem Humana

Clonagem é basicamente a produção de indivíduos geneticamente iguais.
Os cientistas tiram o ADN de uma célula epidérmica e colocam-no num ovo de uma mulher da qual foi anteriormente retirado o ADN. Uma faísca de electricidade iria dividir o ovo e após alguns dias teria um embrião geneticamente igual a si.
A maioria dos cientistas não está interessada em produzir clones humanos. O que os cientistas pretendem é produzir células humanas clonadas para que possam ser utilizadas para o tratamento de algumas doenças.
Imaginamos que tinha uma doença que estava a arruinar lentamente partes do seu cérebro. Os tratamentos actuais apenas abrandariam os sintomas enquanto a doença continuava a provocar lesões no cérebro. A clonagem oferece a esperança de uma cura.
Os cientistas para compor um clone teriam de produzir um embrião clonado utilizando o ADN das suas células epidérmicas. Em seguida, iriam retirar células estaminais deste embrião, transformavam-nas em células cerebrais e fariam um transplante para o seu cérebro.
A clonagem é uma forma diferente de aproveitar células estaminais para curar uma doença. Algumas pessoas preferem esta forma de obter estas células. Afinal, um embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu consentimento.
Pelo contrário, um embrião no congelador de uma clínica de fertilização foi criado a partir de uma mistura única de esperma e ovo e esta é uma união que só irá acontecer uma vez, formando um conjunto completamente único de genes que tem o potencial de se tornar num indivíduo único.